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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Todos nos lembramos, durante a ultima campanha eleitoral para as legislativas, de Passos Coelho criticar violentamente a politica de nomeações do governo PS, dizia ele, que o seu futuro governo, não faria nomeações para agradar as clientelas partidárias. Como vão longe esses tempos, como diz a sabedoria popular: palavras, leva-as o tempo. A politica de nomeações deste governo em nada tem diferido daquilo que tem sido feito nos últimos 30 anos de democracia, em cada mudança de governo, os boys, do governo anterior, são destituídos para dar lugar aos boys do governo eleito, mais uma vez a história repetiu-se, tudo isto, sob a capa da tão propalada, confiança politica. Acerca das recentes nomeações do governo, para as Águas de Portugal, chega-se ao cúmulo de nomear o presidente de uma autarquia com processos na justiça por dividas, de cerca 7 milhões de euros á Águas de Portugal, pasme-se, para gerir essa mesma empresa, ou seja este senhor passa de devedor a credor enquanto diabo esfrega o olho e livra-se de um imbróglio jurídico. Pergunto, onde está o bom senso desta nomeação ? Não existem outras pessoas competentes para esse cargo, livres de situações que possam criar dúvidas ? Pelos vistos não.


Não queria deixar de assinalar a atitude de Eduardo Catroga que á boca cheia faz questão de anunciar que não abdica dos seus 9 mil euros de reforma, isto apesar de ir para a EDP auferir de um ordenado que ronda os 50 mil euros por mês. Este senhor, foi o mesmo que esteve a cabeça das negociações para o resgate com a Troika. Portanto os sacrifícios mais uma vez não são para todos pois não Sr. Catroga ? Os reformados com pensões miseráveis que façam os sacrifícios, para que os parasitas como o Sr. Possam continuar a acumular fortuna.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

LIBERALIZAÇÃO DO DESEMPREGO EM PORTUGAL

Temos sido bombardeados diariamente, e desde a algum tempo, com a mensagem do governo, de que a liberalização do despedimento, é condição mais do que necessária, para promover o emprego em Portugal. Numa altura em que todas as previsões, apontam, para o aumento da taxa de desemprego em Portugal, não consigo compreender, e os governantes, também não deram ainda uma explicação satisfatória, de que forma a liberalização do despedimento, pode promover o emprego, Atitude estranha, de quem defende esta medida com tanto empenho. Continuam pois os Portugueses á espera, que o governo nos explique, de uma forma acessível á compreensão de todos nós, de que forma este milagre acontece. A juntar a isso, estão também os motivos que podem justificar esse mesmo despedimento: Entre outros gostaria de salientar, a não concretização dos objectivos previstos... Quem é que estabelece esses objectivos ? Claro que é a classe patronal, que pode a seu bell- prazer, estabelecer os objectivos que bem entender, tendo assim os empregados na mão, Outro motivo pode ser a inadaptação ao posto de trabalho, que também tem pano para mangas quanto a sua aplicação, isto, porque, mais uma vez essa análise, está na mão da entidade patronal. Está mais do que visto, no que isto vai resultar, despedimentos selvagens e sem preocupação com a vertente social, com o valor das indemnizações, a vir para tectos vergonhosos. É esta a politica de emprego deste governo ? Eu até compreenderia, a questão da liberalização dos despedimentos, se o emprego em Portugal estivesse em crescimento, mas nesta altura, não é mais do que cavar a sepultura dos trabalhadores pondo-os a mercê dos abusos de empresários menos escrupulosos. Não queria terminar sem mais uma vez solicitar ao governo que me esclareça de que forma esta liberalização ou facilitação do despedimento, promove o emprego ? Tenho quase a certeza, que nunca teremos essa resposta.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

SEI LÀ, QUEM SOU



Minha Culpa


Sei lá! Sei lá! Eu sei lá bem
Quem sou?! Um fogo-fátuo, uma miragem...
Sou um reflexo... um canto de paisagem
Ou apenas cenário! Um vaivém...
Como a sorte: hoje aqui, depois além!
Sei lá quem Sou?! Sei lá! Sou a roupagem
Dum doido que partiu numa romagem
E nunca mais voltou! Eu sei lá quem!...
Sou um verme que um dia quis ser astro...
Uma estátua truncada de alabastro...
Uma chaga sangrenta do Senhor...
Sei lá quem sou?! Sei lá! Cumprindo os fados,
Num mundo de vaidades e pecados,
Sou mais um mau, sou mais um pecador...

Florbela Espanca, in "Charneca em Flor"