Clique aqui:FLÁVIA VIVENDO EM COMAFrequentemente, somos confrontados com notícias de pessoas que sofrem acidentes, que lhes roubam a vida ou lhes deixam incapacitações que as impedem de viver normalmente, impondo-lhes necessidades de apoio e acompanhamento por vezes complexos e onerosos.Umas vezes são adultos, outras crianças, a notícia dura um curto espaço de tempo mas as suas implicações duram uma vida.
As perdas e repercussões de certos acidentes, são processos dolorosos que, muitas vezes, se arrastam na barra dos tribunais onde se procura que os culpados, por dolo ou negligência, sejam responsabilizados. Porém, os anos vão passando, os casos vão ficando mais distantes das opiniões públicas, e o peso dos fracassos vai esmagando quem foi atingido pelo infortúnio.Porque a justiça dos homens tarda mas o sofrimento do mal produzido esse está sempre presente.
Por vezes os acidentes são causados por equipamentos que não respeitam as normas de segurança e atingem crianças, como tem acontecido em piscinas, estando em nós ainda presente o caso Aquaparque em que perderam a vida a Cristina e o Frederico e em que, apenas em relação a este último, houve uma tentativa de reparação, que fica muito aquém da perda sofrida, e que deixa os culpados numa situação confortável que não é desincentivadora de práticas menos correctas que põem vidas em perigo.Ainda em Julho do ano transacto, o Ministério Público pediu a absolvição da proprietária de um ginásio com piscina, em Leiria, onde uma criança de oito anos quase se afogou após ficar submersa, cinco a sete minutos, sugada por um ralo que estava a puxar a água. E isto apesar de, numa das sessões do julgamento, o delegado municipal da protecção civil ter explicado que a pressão da sucção (um metro por segundo) era superior ao recomendado.
Um dos casos mais emblemáticos, que espelha a morosidade e frieza da justiça perante danos cruéis e irreversíveis, é o de Flávia Souza Belo, a menina brasileira que, aos 10 anos, sofre um grave acidente quando os seus cabelos foram sugados pelo ralo da piscina do condomínio onde morava, no bairro de Moema, em S.Paulo.
Flavia teve paragem cardio-respiratória e, desde então, está em coma vigil, estado que, segundo os médicos, é irreversível.
Hoje, com 20 anos, Flavia está sob os cuidados duma mãe que luta com denodo para que a justiça seja cumprida e os responsáveis punidos de forma adequada.
É que, decorrido um ano sobre o acidente, e sem conseguir receber o seguro de responsabilidade civil do prédio onde morava, Odele Souza, mãe de Flávia, processa o Condomínio Jardim da Juriti, a Jacuzzi do Brasil, fabricante do ralo e a AGF Seguro, seguradora do condomínio. O condomínio foi processado porque trocou o equipamento de secção da água da piscina sem orientação técnica, colocando no lugar do anterior, um equipamento de sucção superdimensionado em 78%. A JACUZZI, fabricante do ralo, porque não orientou em seus manuais, sobre os riscos da instalação de um equipamento em desproporção com o tamanho da piscina, e a AGF BRASIL SEGUROS, porque não pagou, quando solicitada, o seguro existente no condomínio, vindo a fazê-lo apenas um ano e onze meses depois, sem juros e correção monetária.Ao longo dos nove anos que tramita na justiça paulista, o processo de Flavia teve dois julgamentos em que foram concedidas indemnizações à volta 50 mil reais (+ 19.724 €), valor considerado muito baixo tendo em conta a gravidade do acidente.
Apesar do recurso sobre as duas sentenças e dos pareceres dos peritos designados pela justiça e que apontam deficiências na instalação, os danos permanecem e as reparações tardam.Por vezes o que está em causa é procurar soluções técnicas menos onerosas pondo em causa vidas, de que se fala em alturas de acidente, mas que são convenientemente esquecidas com o decurso do tempo.Danos irreparáveis que são chagas vivas e que podem suceder a qualquer um de nós.
As perdas e repercussões de certos acidentes, são processos dolorosos que, muitas vezes, se arrastam na barra dos tribunais onde se procura que os culpados, por dolo ou negligência, sejam responsabilizados. Porém, os anos vão passando, os casos vão ficando mais distantes das opiniões públicas, e o peso dos fracassos vai esmagando quem foi atingido pelo infortúnio.Porque a justiça dos homens tarda mas o sofrimento do mal produzido esse está sempre presente.
Por vezes os acidentes são causados por equipamentos que não respeitam as normas de segurança e atingem crianças, como tem acontecido em piscinas, estando em nós ainda presente o caso Aquaparque em que perderam a vida a Cristina e o Frederico e em que, apenas em relação a este último, houve uma tentativa de reparação, que fica muito aquém da perda sofrida, e que deixa os culpados numa situação confortável que não é desincentivadora de práticas menos correctas que põem vidas em perigo.Ainda em Julho do ano transacto, o Ministério Público pediu a absolvição da proprietária de um ginásio com piscina, em Leiria, onde uma criança de oito anos quase se afogou após ficar submersa, cinco a sete minutos, sugada por um ralo que estava a puxar a água. E isto apesar de, numa das sessões do julgamento, o delegado municipal da protecção civil ter explicado que a pressão da sucção (um metro por segundo) era superior ao recomendado.
Um dos casos mais emblemáticos, que espelha a morosidade e frieza da justiça perante danos cruéis e irreversíveis, é o de Flávia Souza Belo, a menina brasileira que, aos 10 anos, sofre um grave acidente quando os seus cabelos foram sugados pelo ralo da piscina do condomínio onde morava, no bairro de Moema, em S.Paulo.
Flavia teve paragem cardio-respiratória e, desde então, está em coma vigil, estado que, segundo os médicos, é irreversível.
Hoje, com 20 anos, Flavia está sob os cuidados duma mãe que luta com denodo para que a justiça seja cumprida e os responsáveis punidos de forma adequada.
É que, decorrido um ano sobre o acidente, e sem conseguir receber o seguro de responsabilidade civil do prédio onde morava, Odele Souza, mãe de Flávia, processa o Condomínio Jardim da Juriti, a Jacuzzi do Brasil, fabricante do ralo e a AGF Seguro, seguradora do condomínio. O condomínio foi processado porque trocou o equipamento de secção da água da piscina sem orientação técnica, colocando no lugar do anterior, um equipamento de sucção superdimensionado em 78%. A JACUZZI, fabricante do ralo, porque não orientou em seus manuais, sobre os riscos da instalação de um equipamento em desproporção com o tamanho da piscina, e a AGF BRASIL SEGUROS, porque não pagou, quando solicitada, o seguro existente no condomínio, vindo a fazê-lo apenas um ano e onze meses depois, sem juros e correção monetária.Ao longo dos nove anos que tramita na justiça paulista, o processo de Flavia teve dois julgamentos em que foram concedidas indemnizações à volta 50 mil reais (+ 19.724 €), valor considerado muito baixo tendo em conta a gravidade do acidente.
Apesar do recurso sobre as duas sentenças e dos pareceres dos peritos designados pela justiça e que apontam deficiências na instalação, os danos permanecem e as reparações tardam.Por vezes o que está em causa é procurar soluções técnicas menos onerosas pondo em causa vidas, de que se fala em alturas de acidente, mas que são convenientemente esquecidas com o decurso do tempo.Danos irreparáveis que são chagas vivas e que podem suceder a qualquer um de nós.
19 comentários:
JOY
Até que a voz nos doa não nos calaremos por esta e por outras causas.
Não posso aceitar que se comercializem e instalem certos equipamentos sem respeitar escrupulosamente as regras de segurança.
Flávia está em coma vigil há dez anos e o processo ainda poderá levar anos a ser reapreciado.
Por Flávia e por tudo o que ela representa não nos devemos calar.
Um abraço apertado, JOY.
Perfeito este post!
Quando pensei fazer a volta das capelinhas, ou seja a volta pelos espaços solidários, sabia, à partida, que o coração do meu Joy estava nesta causa.
Abraço-te com uma força imensa, Joy
Joy,
Muito obrigada por este post e por sua solidariedade.
Acredito, sinceramente acredito que a união de pessoas em torno de uma causa, pode fazer diferença.
E é por isto que sou muito grata a todas as pessoas que estão mostrando solidariedade para comigo e minha filha. O processo dela após nove anos na justiça paulista, está agora a caminho de Brasilia, onde será dada a sentença final, mas não se sabe quantos anos isto ainda levará. Esta lentidão certamente favorece a continuidade das negligências que continuam causando novos acidentes pelo mesmo motivo: Ralos de piscinas funcionando de forma irregular.
Um abraço.
E essa coisa chamada "Justiça",... existe...??
Não existe justiça mas existe quem lute por ela. Por isso aqui estamos nós.
Um abraço
-Já li sobre este assunto, embora não perceba rigorosamente nada sobre o funcionamento da justiça brasileira, parece-me mais que evidente, que não foi feita justiça á Flávia.
Lidia,
Calar perante esta situação ? Nunca ! Há que denunciar esta injustiça ,é no Brasil mas podia ser em Portugal .É uma crueldade aquilo pelo que estão a fazer passar a Flávia e a sua mãe.
Abraço forte para ti
Joy
Louise,
Não podia ficar indiferente a uma situação destas .
Abraço forte para ti
Joy
Odele,
Este espaço está a sua disposição para o que quiser,disponha !
Forte Abraço para si
JOY
Alma Nova,
Acredita que ás vezes também pergunto por onde anda a justiça ?
Fica bem
JOY
M.MENDONÇA,
Todos nunca seremos demais.
Um grande abraço para si
Joy
António,
Não penso que seja um exclusivo da justiça Brasileira, tenho quase a certeza que se fosse cá, a história seria a mesma .
Abração para ti
JOY
Concordo com a divulgação destes casos, até porque em Portugal nem sequer foi noticiado o mais recente!
Abraço-te, amigo.
É doloroso pensarmos que a justiça pode ser tão lenta e às vezes tão injusta. Passei agora no Flávia Vivendo em Coma e fiquei a saber que o processo será reapreciado em Brasília MAS QUE A DECISÃO PODE LEVAR ANOS!!!!.
É bom acompanharmos os passos de Odele para sabermos quando e como devemos actuar.
Um abraço, meu amigo Joy
E quem se lixa é sempre o mexilhão...nunca são noticia as denuncias de casos deste tipo.
Venham futebois, santuarios, e outras patacuadas...
Pelo direito á indignação...
beijão grande
Amigo Joy,
Como deixei escrito no cantinho da amiga Lídia...sempre, sempre,juntemos todas as mãos!!!!
Brigados por este post!!!
Vim ver-te, amigão, e deixar-te um abração.
Olá Joy,
Vim visitar-te, desejar-te boa noite e deixar-te um beijinho.
Quanto a este post, estou na mesma onda, ontem mesmo visitei Odele e Flávia, aguardo as indicações que Odele irá dar sobre uma blogagem colectiva, quando este caso fôr para julgamento final em Brasília o que parece estar para breve.
Vamos fazendo sempre uma força.
Beijinhos
C.Coelho,
Estou de acordo consigo, é um caso que merece ser acompanhado.
Um abraço
Joy
Sâo,
Em Portugal o caminho que este caso teve no Brasil, não sria muito diferente em Portugal.
Abraço forte para ti
Joy
Laurentina,
Querida amiga ,é para isso que estamos cá nós.
Beijo para ti
Joy
Carol,
Acredito que muitas Flávias existam a viver o mesmo drama ,infelizmente.
Fica bem
Joy
Avelaneiraflorida,
Todos nunca sermos de mais para denunciar este o outros tristes casos.
Fica bem
JOY
Louise,
Beijo para ti também amiga.
Joy
Brancamar,
Já transmiti á Odele que o meu espaço está á disposição para qualquer iniciativa que se queira levar avante em relação á Flávia.
Beijo para ti
Joy
Joy
Também estou solidário para esta causa. Aguardemos que Odele estabeleça o timing que penso que será mais ou menos daqui a 60 dias.
Amigo,
Estou contigo nesta sensibilização e luta!
Post muito bem elaborado, não nos podemos calar!
-:)Um beijo bom fim-de-semana
Vim desejar-te bom fim de semana, amigo.
Beijo.
Caramba, Joy, tu és mesmo um solidário genuíno. Estou aqui contigo e também fiz um post.
Abraço-te com força
René,
È isso vamos aguardar !
Um abraço
Joy
Fátima
A Flávia não merece que nos calemos. Há que denunciar estes casos.
Fica bem
Joy
São,
Cumprimentos para ti também.
Abraço forte
Joy
Robin Hood,
Como costumo dizer todos nunca seremos de mais.
Um abraço
Joy
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